*Joel Cardoso
Concordo parcialmente com o jornalista Henry Jean Viana, que assina a coluna Francês Press no Jornal do Povo em sua edição de sábado passado (20) classificando como um "desprestígio a imprensa" a decisão do governador Beto Richa em extinguir a Secretaria de Comunicação para estar atrelada ao sistema como um departamento ligado ao gabinete de governo. Acredito que a produção de notícias, feitas por profissionais da área, não será afetada, portanto, não chega a ser um "desprestígio a imprensa", como sugere o jornalista.
Mas "Francês" não deixa de ter razão em se preocupar com esta centralização de poder. As últimas medidas implantadas por Beto Richa para sanar os problemas financeiros de seu governo, mostraram que ele é implacável e ter a imprensa diretamente em suas mãos é muito perigoso. A esperança com esta medida anunciada, é que haja mais prestígio, valorização e reconhecimento para os órgãos de imprensa e jornalistas que atuam no interior e que os os palacianos classificam como como "imprensa nanica".
Mas como jornalista e presidente de um órgão de classe da categoria, também admito que possa crescer o que os independentes chamam de "imprensa chapa branca"- aquela que somente reproduz os releases produzidos falando bem do sr. Beto Richa ou que bajulam o governo para conseguir as verbas publicitárias. Os órgãos de imprensa precisam de anúncios, sejam da iniciativa privada ou governamental. Mas sem precisar vender a independência editorial. Neste aspecto, tenho orgulho da imprensa maringaense.
*Jornalista e presidente da União dos
Jornalistas e Escritores de Maringá
*Jornalista e presidente da União dos
Jornalistas e Escritores de Maringá
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